Recentemente consegui conversar via twitter com a Editora JBC, ou melhor, com a editora da Henshin, Ayaka Kyoyama. Ayaka foi muito gentil ao responder as minhas perguntas referentes ao artigo A questão do Yaoi no Brasil e outros mistérios. Segue reprodução da conversa:
blymeyaoi: Além de sugerir títulos da Fumi Yoshinaga, perguntamos sobre a possibilidade de um novo yaoi na linha editorial. Afinal, existe tanta especulação sobre Gravitation ter sido “um fracasso”… não queremos mais espalhar boatos.
Ayaka_Kyoyama Qualquer sugestão de título é bem-vinda, ainda mais quando é uma série popular (ex: Fullmoon o Sagashite). Mas cabe à diretoria da empresa avaliar se o mangá decola ou não. Sobre o mangá Gravitation eu não sei direito porque entrei na editora bem depois da publicação, mas a recepção do público na época não foi tão positiva quanto o esperado.
blymeyaoi: Você imagina que por isso outros títulos boy’s love podem estar fora dos planos? Ou não tem relação?
Ayaka_Kyoyama Não saberia afirmar qualquer coisa em relação a isso. Mas você sabe que um título que faz sucesso pode trazer outro, né?
blymeyaoi: Bem, petições e abaixo-assinados contam na hora de decidir por um título?
Ayaka_Kyoyama Olha, qualquer coisa influencia, mas a repercussão dos títulos dentro dos fóruns é a melhor forma de mostrar popularidade.
Pelo que podem perceber, nenhuma informação muito além do que pudemos especular, mas é sempre muito bom ter uma resposta da própria editora. Ainda sobre este tópico, ou melhor, a postagem Enrola e Desenrola , onde falamos um pouco mais sobre a questão do yaoi no Brasil, recebi o seguinte email do Júnior Fonseca, editor da NewPOP :
Boa Noite, tudo bem?
Apenas gostaria de fazer uma correção, quanto a afirmação que a NewPOP Editora não publicará mangás yaois.
Procurei na comunidade algo que falasse isso, e vi que vocês se basearam na resposta de uma COLABORADORA que disse que não teos nenhum titulo Yaoi naquele momento.
Ou seja, em nenhum momento foi dito que não publicaremos Yaoi.
Gostaria apenas de corrigir essa informações, pois dá a entender que não gostamos do gênero, ou que não temos interesse.
Abraços
Junior Fonseca
Editor
Agradeço pelo contato, mesmo que seja um pedido de correção. Afinal, poucas editoras se dão ao trabalho de responder aos seus leitores e a incentivar os autores nacionais como a NewPOP e estas são posturas que eu pessoalmente admiro.
Pois bem, acredito que o problema encontrado no texto seja uma mera questão de interpretação. Ao dizer que a editora não planeja publicar yaoi, quis dizer que não tinha anunciado quaisquer planos de fazê-lo agora ou no futuro. E até onde sabemos esta informação procede.
Não sabemos se a editora gosta ou tem interesse pelo gênero yaoi e esta é uma questão que apenas a NewPOP poderia responder. Mas já que a editora se pronunciou deixando este ponto em aberto, me disponho a editar o texto. Acredito que possamos contar com a mesma compreensão da editora ao estudar os pedidos de desambiguação/correções por parte de seus leitores.
Mesmo sendo um site amador voltado para uma “minoria”, o Blyme tem o máximo de respeito por seus leitores e intenciona publicar informações tão precisas quanto possível. Por isso peço desculpas a quem acompanha o Blyme por qualquer inconsistência em seu conteúdo.
Aparentemente voltamos à estaca zero, isto é, em cima do muro… ou dentro do armário.
Olá!
É meu primeiro comentário aqui, mas acompanho o blog já há um tempinho e algumas discussões via twitter o/
Bom, eu não gostaria de deixar isso soar como hipocrisia das editoras, mas como pode um mangá vender bem se nem todos tem acesso à ele? Não me refiro a nenhum mangá específico, pois não tento comprar somente BLs, mas o descaso com a LOCALIDADE onde os compradores moram influenciam MUITO nas vendas. Por exemplo, aqui em Salvador, onde eu moro, não são todas as bancas que vendem mangá, e para melhorar isso, as editoras em geral, mandam os mangás com verdadeiros atrasos, e há numeros que sequer chegam em algumas bancas. (Ou será que eles mandam TÃO POUCOS "exemplares" que eles acabam antes mesmo que as pessoas vejam eles à venda?)
Na época que estava colecionando Gravitation, cada volume foi comprado, praticamente, em uma banca diferente, e ainda tive que pedir para uma amiga comprar um volume em SÃO PAULO e me mandar, para que eu completasse a coleção. E quando falo bancas diferentes, me refiro tanto à bancas do centro da cidade, de lugares com passagem de muitas pessoas, quanto à bancas de locais menos "populares". Oras, se não há visibilidade, divulgação, e principalmente compromisso da editora, é complicado manter o mercado. Eu fiquei sabendo de Gravitation na internet, antes do primeiro volume ser, de fato, lançado. Então, eu tive a "oportunidade" de, desde o primeiro volume, sair caçando ele por bancas e bancas. E engraçado que SEMPRE que passo por alguma banca, olho a parte de gibis e mangás. Sou fissurada por leitura, e a gente nunca sabe quando vai achar algo que gosta… Mas acredita que mesmo fazendo isso, perdi o volume 2 de OTOMEN? Ele simplesmente não chegou aqui em nenhuma banca que eu tenha contato…
Assim, a baixa vendagem também pode estar relacionada a falta de material disponivel. Como posso comprar um mangá que não encontro em banca? E muitas pessoas desistem quando perdem algum volume (eu tenho um pouco dessa postura, porque gosto de ler na hora, e faltando volume eu não leio…)
Enfim, acho que dei voltas, espero que meu ponto ainda seja claro no meio disso tudo! ^^
Beijos.
Olá Ayumi, eu concordo com você nesse ponto, pois moro em Pernambuco e parece que o nordeste é esquecido em relação as coleções em geral. Tenho uma estória parecida com a sua, apesar de aqui termos a Livraria Cultura, a banca de revista Globo (essa banca é referência quando se trata de quadrinhos ou mangás) e uma loja que vende mangás e quase tudo relativo a esse mundo, a Magic Center, mas já ouvi muitos donos de banca dizerem: "O que sobra lá no sul mandam para o nordeste", ou seja, se sobrar vem algo, se não ficamos a chupar o dedo 🙂
Ayumi, eu tbm moro em Salvador e tenho o mesmo problema. Eu não tenho nenhuma coleção completa dos mangás que decidi comprar pq mtas edições simplesmente não chegaram. E confesso que já desisti de muitos mangás por causa disso… Não há nada que deixe uma pessoa mais desanimada do que procurar em todas as bancas o mangá que vc coleciona e não achar em NENHUMA… Fora que chega aqui três edições atrasadas… Hikaru no Go tá saindo lindamente no centro do país, e por aqui, não vi nenhuma edição… TT-TT
Enfim… Chega de mimimi.
Eu confesso que na época em que saiu Gravitation, eu ainda não era fã de yaoi. Não tinha lido nenhum mangá do gênero, me interessava pelo tema, pensei em comprar, mas na época, o bolso tava meio doído e dei prioridade aos mangás que eu já colecionava. Então, não posso dar mtas opiniões…
Eu não sei… Não fiquei tão animada com a resposta das editoras. É bom saber que finalmente eles responderam, mas é como a Vampaya disse… Esse negócio de "talvez, quem sabe um dia"… Isso me desanima.
Bom, pelo menos se dão o trabalho ou boa vontade de responder, apesar das respostas não serem nada animadoras. E ficamos nós aqui na campanha de reconhecimento do yaoi no Brasil. Temos que insistir e sabe-se lá quando teremos retorno de alguma publicação nesse gênero 🙂
Essa questão de Gravitation ainda me deixa encucado… E eu puxo o comentário da Ayumi sobre pouca divulgação de Gravitation. Como já falei trocentas vezes, poucas edições vinham pra cá. Eu via no máximo três edições numa banca (e nem todas as bancas tinham), e elas esgotavam rapidinho, claro. E ainda tem a questão do preço, Gravitation foi um dos primeiros mangás a custar mais de dez reais, e eu admito que, pelo "jeitão JBC" eu pagava o mangá chorando… XD Mas acho que é questão de costume, gastei (bem) mais importando Antique, hoje não teria problema em pagar mais de dez reais por um volume, mas teria que ver se a qualidade do material também compensa, CLARO!… Por isso eu até espero que saia mais BL pela Panini, ou a Conrad (seria melhor nos "tempos áureos" mas quem sabe ela volta trabalahar direito com mangá, né?).
Outra coisa que lembro foi num evento de anime que teve por aqui. Uma loja de quadrinhos (que hoje faliu) tinha uma dúzia, mais ou menos, de edições de Gravitation volume 8, que na época não havia chegado aqui (distribuição setorizada). Eu quejá estava liso, saí pra pegar mais dinheiro… e quando voltei não havia mais edição nenhuma, então dono prometeu que ia encomendar uma pra mim. Eu acho que, se a questão de sucesso for vender tanto quanto Bleach ou Naruto, acho isso um tanto injusto, mas enfim… Mas acho que encalhar, o que eu considero fracasso, acho que não encalhou não, isso pelo que vi… Não sei, mas ainda acho essa história um tanto mal contada…
E sobre a NewPOP, bem, a história daquele release de Kanpai foi muito cretina, não sei se compraria um mangá BL publicado por ela não, sou sincero. Depende de como eles podem lançá-lo… Mas agradeço por deixarem um espaço em aberto, já melhorou minha visão sobre a editora.
Também não vou mentir e dizer que não achei toda a polêmica e declarações do caso Kanpai! bastante desanimadoras para dizer o mínimo. Quero crer que tenha sido um caso de falta de entendimento de ambas as partes, já que apesar de fã de yaoi, assim como todos aqui, antes de tudo eu sou fã de mangá, leitora e consumidora.
A distribuição é uma questão delicada no país. Não sei dizer ao certo como isso procede, mas soube em uma palestra sobre quadrinhos que só a Avenida Paulista detinha uma porcentagem significativa das vendas de mangá no PAÍS. Embora a densidade demográfica do Norte seja bem menor que no Sudeste, ao que parece as editoras estão ignorando algum potencial consumidor na região, pois eu não vejo muitos títulos evaporarem assim no Rio. Mas é aquela coisa, a gente não tem números para provar, as editoras devem ter, mas não os divulgam.
O único caso que me lembro é da própria NewPOP: "Vampire Kisses 1". Não sei ao certo se vendeu como água ou a tiragem foi pequena, só sei que não encontrei em banca nenhuma depois do lançamento do segundo volume, nem mesmo na Bienal do Livro! +_+
Embora não tenha interesse na história em si, queria conferir os motivos do sucesso e, claro, prestigiar o trabalho da Elisa Kwon, que além de fofa é uma ótima artista.
Eu lembro que quando saiu gravitation pela JBC eu pensei: "é agora que o mangá BL vai emplacar!" Mas parece que nada mudou.Não apareceu mais nenhum yaoi. A panini até lança uns títulos "que flertam com o gênero" (segundo eles mesmos dizem), mas nunca passa disso… É legal que as editoras conversem com a gente sobre a possibilidade de mangás BL. Comunicação é tudo. Mas o triste é que as respostas são sempre as mesmas e pra mim soam como "talvez, quem sabe, num futuro distante publicaremos yaoi." E esse futuro nunca chega. E eu continuo esperando como boa brasileira que não desiste nunca.
Essa coisa de distribuição setorizada é triste mesmo. Vivo em Brasília e só consigo comprar encomendando em lojas especializadas e via internet. Quando eu morava em Porto Velho (RO) era pior ainda (e era lá que eu morava quando saiu gravitation, passei horrores pra conseguir minhas 12 edições)
Conversando com o "tio" da banca, ele me disse que depois de um tempo eles recolhem os mangás que não venderam e devolvem. Como não tem previsão de quando chegam os mangás eu acabo perdendo o número pq o material até chegou, mas já foi recolhido. É complicado ^^'
Apesar das respostas não serem o esperado, definitivamente elas são um bom sinal. De alguma maneira, mesmo que sem grande impacto, demonstram que há interesse na discussão "yaoi no Brasil". Nos resta continuar esperando por notícias boas, por agora.
Fico feliz que aqui, no RS, os mangás sejam distribuídos mais regularmente, sem grandes atrasos e etc – ao menos em Porto Alegre e em algumas banca maiores. Como vampaya, até mesmo conversei com o "tio da banca" e ele me deu a mesma explicação, que quando o mangá não vende, eles devolvem. Por isso perdi muitos volumes e a solução foi comprar pela internet.
Concordo, pelo menos ninguém disse algo do tipo "yaoi? tira esse bicho daqui!". Se bem que às vezes penso que preferiria uma indicação mais concreta, quer para sim ou para não.
Enfim, sejamos otimistas. =)
Resposta padrão comercial. Flutuantes. A impressão que se tem é a de que as editoras são apenas empresas que adaptam e comercializam mangás por demanda, ou seja, não há mercado de fato. Elas agem como aquele seu amigo que vai passar as férias no exterior e pergunta se você não quer fazer uma lista de produtos prá ele trazer do duty free. Eu compreendo perfeitamente que nenhum empresário vai se arriscar a comercializar um produto que não vai vender, mas em contrapartida creio que seja necessário que se criem meios oficiais (criados e mantidos pelas empresas) para o tratamento do cliente. Não estou minimizando a importância e a força da mobilização que estamos fazendo por aqui, mas ela devia ser um plus dentro de uma estrutura organizada. Até mesmo nossa movimentação aqui é atrapalhada pela falta de informações que nos ajudariam a nos organizar melhor (ranking é apenas uma delas). E assim vamos de chute em chute e, como a vampaya lembrou, com a chama de brasileiro que não desiste nunca *◊*.
Não acho que esperar um atendimento ao consumidor eficiente seja desprezar o nosso esforço aqui. Aliás, só precisamos fazer estas mobilizações no escuro porque muitas vezes não obtemos respostas concretas ou resposta nenhuma para nossas questões.
Concordo que se tivéssemos dados mais claros sobre as políticas das editoras, poderíamos tomar alguma atitude mais certeira. XD
Bem, achei muito legal esse feedback que as editoras pelo menos deram, as vezes nem isso elas tem disponibilidade de fazer. A JBC costuma tratar muito bem quem entra em contato com ela, eu já fui um desses casos, por isso falo, mas o assunto não era yaoi.
Quanto a muitos comentarios do pessoal que mora no Norte e reclama da forma de distribuição: Eu morava no interior de São Paulo quando saiu Gravitation no Brasil (dava uma hora e meia de onibus até a capital!) e mesmo assim, lá foi distribução setorizada, assim, eu só ia ver a cara do manga três meses depois do lançamento…Isso quando via. Na época eu também me revoltei muito. Poxa, sou consumidora, sou fã. Eu quero comprar e não posso. Acabei me virando como muitos ai e completei a coleção com suor e afinco (e muitas almas caridosas XD).
Atualmente eu faço faculdade de editoração e logo no primeiro semestre, descobrimos como funciona o mercado editorial no país. Vamos colocar assim: O maior foco das editoras se encontra na região sudeste. Vide que todas as editoras de manga e afins se encontra na cidade de São Paulo. A distribuição dos produtos pode ser feita em escala país ou setorizada. Acontece que para determinados lugares do Brasil, essa distribuição fica MUITO caro. Afinal são quilometros de distancia do local onde foram produzidos. Então, em vez de arriscar mandar material para um local que talvez não venda, eles preferem lançar o dito cujo em alguns lugares de alto pico de vendagem e próximos da origem. O que não é vendido nessa região depois de um tempo, é recolhido das bancas e lojas, mandado de volta para a editora e, ai sim, encaminhado para as demais regiões do país.
Particularmente, acho isso uma injustiça. Afinal todos querem ter o seu produto ali, na hora que foi lançado. Mas vendo pelo lado da editora, que lembrem-se: é uma INDUSTRIA, não existe um modo mais seguro para que não haja prejuizo nas vendas.
Acho muito bacana a alternativa que a JBC achou para esse problema: as assinaturas. Você acaba recebendo o manga na sua casa e na época que ele é lançado. Outra alternativa é a compra via online ou ainda as lojas especializadas que podem "importar" para vc.
Não defendo nenhuma editora, tão pouco o método por elas escolhido, mas é uma opção deles. E, infelizmente, não adianta vim com a historia de que o título vendeu bem, por isso deveria ser comercializado em escala país. Esse é uma opção de marketing da editora e, na maioria das vezes, a linha de edição não pode intervir nisso. Creio que para isso mudar seria mais unir força e mostrar (com números e fatos) que a editora pode arriscar uma outra forma de distribuição.
Quanto ao fato "yaoi no Brasil", eu como fã ficaria muito feliz de ver mais titulos do genero aqui como todo mundo, mas creio que isso passe por mais burocracia do que o esperado. Vide que Gravitation perigou não ser publicado mesmo com os direitos, afinal era arriscar em um territorio novo (e, cá entre nós e fofoca a parte, o Marcelo Del Greco (co-editor ou algo assim da JBC) não vai muito com a cara do gênero não. Então, creio que seria algo que teriamos que lutar muito para poder ser concretizado. As iniciativas em blogs e no twitter são um bom começo. Com o tempo as editoras vão abrir os olhos e perceber que esse é um campo muito rentavel a ser explorado.
PS: Que comentário gigante esse meu XD
Obrigada por um insight tão interessante, Keiko, desculpa não ter respondido antes, seja bem vinda! ^^
Também achei bastante simpático por parte da editora da JBC em ter me respondido, apesar de não ter podido esclarecer muita coisa.
Pois é, como eu soube em palestras, parece que só a Avenida Paulista já vende mais quadrinho do que estados inteiros e isso é bastante expressivo, diz muito sobre o perfil de consumo do país.
A distribuição num país continental é um caso à parte mesmo. Quando falei em abrir lojinha do Blyme (a idéia ainda está de pé, só estou aguardando alguns detalhes aka: capital inicial) muita gente lamentou ter que pagar fretes caros. Até considerei aqueles esquemas onde a loja manda o produto direto para o comprador e me dá uma comissão, mas não quero ter que intermediar problemas que isso possa acarretar, como atrasos, extravios, enganos e defeitos.
Mal ou bem, mesmo com frete interno, qualquer livro produzido no Brasil já é mais acessível e em conta do que os importados. Tendo os títulos aqui, podemos recorrer a livrarias e assinaturas como você mencionou. Dá trabalho mas não triplica o preço. =p
e, cá entre nós e fofoca a parte, o Marcelo Del Greco (co-editor ou algo assim da JBC) não vai muito com a cara do gênero não
^
o Del-Grego é editor e isso é tão verdade. lembro de uma entrevista que ele deu já faz uns anos, que ele falava que lançar um yaoi "sujaria a imagem da editora". até hoje eu me pergunto se não é culpa dele as lombadas de gravitation dizerem NOOOOOOOOOOO (to brincando nessa parte, mas vcs já repararam? vejam só XD)
Nooooooo
Eu nunca tinha reparado nisso das lombadas o_o''
Como diria o Kiko: "Que coisa, não!?" 8D
hahahha xDD
NUNCA reparei nesse lance da lombada…Vou reparar assim que pegar qualquer volume de Gravi na mão quando chegar em casa lol (Aquela que tá na facul x-x)
Acabei de ver! Nuó, bizarro! E aproveitando, é bem estranho, se for verdade, isso de não se publicar um gênero (dentro de uma editora, uma empresa) por gosto pessoal. Não se publica porque não se consegue o contrato, porque já se fez uma pesquisa e o título não vai grelhar… Enfim por razões comerciais, né, meu povo!
Sim, sim. Mas o caso foi mais para fofoca mesmo, nada garante que a JBC não tenha lançado mais BLs apenas por causa dos gostos do Del Greco…
Gente, eu sou muito tapada, nunca reparei também, deve ser porque esta coleção fica na gaveta, tem mangá demais para estante de menos…
Olha, eu não duvidaria que mesmo que o yaoi fosse mais popular por aqui, se não ia ter gente cheia de dedos com a questão da "imagem".
Escolher não publicar yaoi é tão válido quanto não publicar yuri ou hentai ou seinen. Já dizer que é para "não pegar mal" ou "não ficar marcado" aí já acho que esbarra no preconceito. Aliás, preconceito contra yaoi acaba sendo não exatamente homofobia… mas um pouco de misoginia. Afinal, quem é a maioria do público desse gênero? Bom, essas questões são meio tensas. Não vou entrar nesse mérito.
Até mesmo porque "mercadologicamente" poucos títulos yaoi chegam nos patamares de venda de shounens e shoujos populares. Portanto acredito que isso tudo tenha a ver com as estratégias e linha de cada editora, o que remete a quem está lá dentro, né? E pelo visto todo mundo é ensaboado assim. Posso estar enganada, os únicos contatos que tive com editoras tiveram vááários intermediários.
Alguns editores são famosos por sua aversão ao yaoi… entendo que homens tenham seus códigos de masculinidade, mas ninguém está pedindo para eles se envolverem mais do que profissionalmente na questão. XD
Oi pessoal,
Eu sou uma ávida leitora de mangás também, incluindo Yaoi e BL. Fico decepcionada por não encontrar mais do gênero (ou seria nada?) nas bancas (e publicados pelas editoras), mas de um tempo pra cá alguns dos mangás que vcs mencionaram acima eu venho adquirindo pela Ligahq.
Lá vcs encontram um link pra fazer reservas, com uma taxa mínima, apenas pra manuseio e embalagem e seus pontos (a cada compra) revertem em bônus que depois de certo tempo e quantia podem ser trocados por novos mangás. Já faz um ano e meio que venho colecionando meus mangás favoritos e lançamentos sem perder nenhum exemplar e sem ficar correndo de banca em banca. Fica aí a dica…
Mas, eu ainda gostaria que no Brasil as editoras se interessassem um pouco mais com a publicação de bons mangás, sejam eles Yaoi, BL, Shoujo, o gênero que for; estamos perdendo muito em qualidade de informação e lazer, coisa que outros países já descobriram há muito tempo…
Olá quero deixar aqui meu veemente protesto!
quero saber onde compro mangá e ainda anunciaram o remake de ai no kusabi desde o final de 2009 e já estamos em 2011 !
Pocha acho uma tremenda falta de respeito anunciar e se quer dar uma explicação do pq de não ter saido ainda!
Não entendi, Maya, onde compra que tipo de mangá?
E no mais, realmente, Ai no Kusabi ter ficado em hiato ou ter sido cancelado sem uma nota oficial foi bem chato. D=