Lucky Number 13
Hoje é sexta-feira 13. Um dia raro e de má fama. O dia do mau agouro, do azar, do infortúnio. O dia incompleto. O dia em que Loki, revoltado por não ter sido convidado para um jantar com os deuses mais playboys, fez barraco e matou Balder, o queridinho desses mesmos deuses. No tarô, a carta de número 13 é a que representa a morte e eu nem preciso dizer mais nada para que você tenha certeza que hoje não é um dia legal.
Bom… Isso para quem é supersticioso e acredita nesse tipo de coisa. Você acredita?
Para “comemorarmos” essa data, resolvi escrever uma breve resenha de uma das coisas mais fofas e azaradas que já li na vida!
“Lucky Number 13” é uma série de autoria de Yamamoto Kotetsuko, super conhecida no meio “BL” e com vários títulos já publicados (Honto Yajuu é um dos mais famosos e segue em publicação). A autora é famosa por criar, em sua maioria, personagens cativantes e bonitinhos que atuam em estórias doces, bem humoradas e com dose extra de fofura.
Sexta-feira 13 todo dia.
Um azarado e um nerd viciado em baseball e sem experiências amorosas. Um muito alto, outro muito baixo. O que esperar dessa combinação? Talvez que um grupo de pombos resolva fazer suas necessidades, todos de uma vez, sobre sua cabeça bem após seu primeiro beijo. Né, essas coisas acontecem com qualquer um! sqn
Quando viu Satou Hiroshi pela primeira vez, Tsumabuki Kasumi acreditou que o rapaz fosse uma garotinha bonita e indefesa levando um fora no meio do pátio da faculdade. Bom, Hiroshi-kun não era uma garotinha, mas com certeza era indefeso, ou melhor dizendo, sem salvação. O pequeno rapaz era propenso a atrair para si acidentes, além de ser um tanto quanto desastrado. Para piorar, quando Hiroshi-kun entrava em um relacionamento sério, seu “azar” era transferido para seu parceiro, causando à este devastação… Física.
Afinal, é normal estar em uma ótica comprando seus óculos novos porque os seus atuais quebraram quando um corvo te atacou pela manhã, surgindo do nada, e um carro entra descontrolado pela vitrine de vidro, estraçalhando tudo.
Mesmo sabendo do perigo que corria, Tsumabuki, um rapaz alto e mal encarado, mas na verdade doce e com bom coração, não pensou muito para tomar sua decisão. Partiu do mesmo tímido Tsumabuki o pedido de namoro repentino. Não havia como voltar atrás e muito menos evitar, já que o rapaz havia se apaixonado pelo sorriso ingênuo e sincero do pequeno Hiroshi à primeira vista. Por ele, Tsumabuki aceitaria, desafiaria e suportaria tudo. Até mesmo ser atingido frequentemente por bolas de baseball perdidas.
Sentimentos que Nem Mesmo o Azar Pode Abalar
Em “Lucky Number 13″, somos apresentados à um casal inesperado e estranho à primeira vista. Mas note, à primeira vista. A Yamamoto-sensei tem o dom de tornar coisas estranhas em coisas extremamente FOFAS.
Aqui encontramos dois garotos, ambos inocentes demais, ambos inexperientes demais, descobrindo juntos as “primeiras-vezes” da vida. A primeira declaração, o primeiro pedido de namoro, a primeira vez que sente-se amado de verdade, a primeira vez que se ama de verdade, a primeira vez que se importa e se preocupa tanto com alguém que é capaz até mesmo de se separar de tal pessoa pelo bem da mesma, a primeira vez que se sente ciúmes e tantas outras primeiras-vezes. Preciosas primeiras-vezes.
Nessa série a autora nos mostra que, quando se ama, os defeitos são colocados em segundo plano. Amar é aceitar e ser aceito como é. Quando se ama, as mãos se unem, os dedos se enlaçam e as pessoas lutam juntas pelo bem do ser amado, seja debaixo de sol, chuva, vento, raios ou boladas de baseball… Quando se tem alguém caminhando ao seu lado, qualquer coisa é remediada, tornando-se menos pesada, deixando a vida mais doce.
Azar no jogo, sorte no amor.
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