A coletiva que a editora JBC realizou na FNAC Paulista, ontem, 12 de Junho não foi apenas uma simples apresentação do novo gerente de conteúdo, Cássius Medauar (que substitui Marcelo del Greco). Mais que tudo, o evento serviu para aguçar a curiosidade de leitores e imprensa, com a proposta de renovações gráficas e melhorias na comunicação entre editora e público . E surpreendeu ao anunciar em primeira mão o lançamento do mangá RG Veda, uma das obras mais conhecidas do famoso grupo CLAMP.
Mas não só RG Veda captou nossa atenção. Algumas coisas que foram anunciadas, nos fizeram pensar, debater e arregalar o olho:
1) Melhoramentos gráficos. Sim: já vai ter o lançamento de Card Captor Sakura em edição de luxo e papel offset (na prática parece um sulfite mais grosso e liso, mais resistente e que não deforma fácil), e aparentemente a ideia vai ser investir mais e mais em qualidade gráfica e apresentação. Coisa que mangá, publicado aqui no Brasil andava necessitando em caráter de desespero (quem já passou pela experiência de pegar exemplares com páginas furadas, borradas ou que se desfaziam ao toque SABE o que estou dizendo).
Essa melhoria gráfica, mais as acenadas mudanças no foco da distribuição (das quais falaremos adiante) parecem querer dizer uma mudança de abordagem da JBC, em apresentar seus mangás muito mais como produtos para um público mais seletivo (e mais interessado em colecionar), do que a abordagem anterior, que punha o mangá como quadrinhos de massa (e com tratamento parecido com o dos quadrinhos de massa). Pelo que se vê, o formato de 200 páginas, mais caro e com tamanho 14X20,5 cm (diferente do antigo meio-tanko pequeno, que conhecíamos desde o início da história da editora) vai ganhar ainda mais espaço.
2) Integridade de obra respeitada: Foi feita uma promessa para deixar qualquer um animado: “O mangá que tiver páginas coloridas no Japão, vai ter as mesmas páginas coloridas na JBC”. O que pode ser facilmente entendido como: “vamos respeitar a integridade de projeto da obra original”. Coisa que, até agora, com as edições hiper econômicas publicadas pela maioria das editoras, acabava normalmente não rolando: ou as páginas que deveriam ser coloridas vinham em P&B (e no mesmo papel ordinário jornal de gramatura baixa do resto do mangá), ou acabavam sendo limadas sem dó nem piedade. Agora ao menos temos uma chance e um compromisso de ter o material o mais próximo possível do que saiu no Japão, com a qualidade inalterada (ou bem menos alterada)
Esse respeito ao projeto vai se estender as traduções? A equipe diz que sim, embora admita que vai, sim, recorrer a adaptação de texto sempre que julgar necessário, e já adiantou que vai SIM mexer em termos e expressões japonesas que o otaku médio entende, mas que ia largar o resto do público no escuro: “A maior parte das pessoas no Brasil não fala japonês”.
Portanto, aparentemente não vai adiantar chorar pelo “nii-san” trocado por “mano” no texto: eles JÁ avisaram que vão fazer isso. Se o resultado dessas adaptações vai ser bom ou ruim, o tempo dirá.
3) Mangá NÃO é coisa de criança. Ao menos, nem sempre. Bom, não é novidade que a JBC investe em alguns títulos com teor mais adulto ou polêmico (Love Junkies e Gravitation, por exemplo) . A mudança de comando aparentemente não vai representar uma mudança de foco nessa parte: Freezing, mangá que recebemos como amostra do trabalho que vem por aí é bem uma obra para leitores adultos, abusando de violência, nudez e erotismo (softcore, mas tá lá). Isso é particularmente bom para leitores desses gêneros mais “difíceis”, por razões óbvias.
4) Melhoria na comunicação com o leitor e a imprensa: a JBC disse que vai investir mais na divulgação de seus lançamentos em blogs e redes sociais. E não apenas em sites voltados para quadrinhos, como também outros de cultura geral. Cassius Medauar disse que tanto o site da editora como o Facebook (pela página da Henshin) devem ser usados como ferramenta de contato direto com o público, aumentando a interatividade.
Traduzindo para o português: a JBC declara, com isso, estar aberta a sugestões e palpites, e, aparentemente quer sim não só vender seu mangá, mas também saber da boca do próprio público o que exatamente ele quer. O que pode fazer boa parte da diferença para leitores de nichos específicos, como YAOI, JOSEI e SHOUJO (bom, aqui no Brasil, pelo que a gente vê, shoujo ainda é coisa de nicho, então…)
5) Sutil mudança na distribuição. Sutil, mas acenando para algumas coisas interessantes. Mangás vão continuar sendo lançados nas bancas, a distribuição continua sendo feita pelas mesmas empresas terceirizadas de antes (das quais o público fora do eixo SP-Rio, e mesmo muita gente NO PRÓPRIO eixo SP-Rio reclamava bastante, tanto sobre demora quanto sobre disponibilidade de edições), até aí nada novo. Mas a coletiva deu a entender que a JBC vai investir mais em parcerias com lojas específicas de quadrinhos, comiquerias e livrarias com setor dedicado.
Onde isso nos afeta? Simples: essas lojas não vão ter os mesmos problemas em apresentar material polêmico ou restrito, já que normalmente são bem setorizadas para tal. O problema crônico das bancas, que colocam mangás como Love Junkies no setor infantil, junto com quadrinhos da Turma da Mônica tende a não acontecer em lojas especializadas. Poupa-se trabalho, poupa-se constrangimento, tudo funciona melhor.
E, mais: a JBC está firmando parcerias com lojas que VENDEM ONLINE. O que pode ser alguma solução para leitores que vivam nas chamadas “zonas mortas” de distribuição, lugares onde nada chega. Card Captor Sakura já está sendo distribuído pela Comix, tanto na loja física quanto na loja virtual.
(o problema, todavia, é que em alguns casos o frete pode fazer o mangá dobrar de preço. Embora as lojas prometam boas promoções, é bom estar de espírito preparado quanto a esse custo, do qual nem sempre dá para fugir).
6) Tudo vai bem, obrigado, entre JBC e CLAMP: É verdade que algums mangás da CLAMP não foram lançados pela JBC: a editora mesmo diz que nunca teve contrato de exclusividade com o grupo. Mas isso não quer dizer problemas de relacionamento, ao contrário.
A JBC se disse satisfeita com o lançamento de Kobato (agora em fase de conclusão), teve o logo da edição brasileira nova de Card Captor Sakura desenhado pelas próprias artistas da CLAMP e, finalmente, deve lançar—em alguma data ainda não definida—RG Veda. A trama épica de profecias, vingança, jornadas e luta por poderes divinos, famosa por sua arte rebuscada, referências ao hinduísmo, um dos protagonistas mais andróginos já vistos num mangá e por ter, ao longo de sua realização, reduzido o CLAMP de 11 para 4 pessoas, já está na lista de lançamentos garantidos. É esperar e ir separando o dinheiro para comprar
E aqui, coisas que nos fizeram fazer bico:
1) Mangá de nicho vai ter sim, mas nenhum longo, e só de vez em quando. Foi o dito: há interesse em publicar coisas para públicos mais específicos, como yaoi por exemplo. Só que…
Bom, como declarou Cassius Medauar: “A gente quer continuar fazendo isso, mas é impossível lançar sempre. A gente não consegue lançar títulos muito longos para nicho, porque a gente não consegue sustentar o título. Se as vendas forem pequenas ele não se sustenta”. Resumindo: embora haja o espaço, a JBC vai adotar algumas políticas de segurança para garantir que títulos de nicho não deem prejuízo. E uma dessas políticas vai ser evitar a exposição prolongada ao risco.
Em suma: quem esperava ver alguma série como os 14 volumes de Haru Wo Daiteita em mangá da JBC, é melhor esquecer. Ao menos por enquanto, e a menos que o público de yaoi prove ser realmente lucrativo. E, não, nada de um yaoi após outro, se aparecer algum, podemos esperar um intervalo considerável antes de ver um novo lançamento.
2) Nada do Crunchyroll. Ao menos por enquanto. Quem esperava o sistema de distribuição online de animes por assinatura, quase que um Netflix recheado de Mokonas e Mechas, vai ficar frustrado, já que não tem previsão de estréia dele no Brasil. Ou a data desse lançamento está sendo um segredo muito bem guardado, ou, o mais provável, vai demorar bastante para acontecer.
3) Nada de loja online da própria JBC: Uma pena, já que uma loja da própria editora poderia até dar preços melhores para leitores de longe. Como já mostrado, convenhamos que ainda dói muito no bolso de alguém do Acre, por exemplo, ver o mangá que custava cerca de R$ 15 subir de preço para R$ 30 por causa do frete dos Correios. Em outras palavras, as dificuldades de distribuição para essas praças vão continuar, a menos que as lojas parceiras da JBC iniciem alguma política de descontos para localidades onde os fretes são mais contundentes, ainda mais expandida que as que já existem, de descontos por limite de valores de compra.
4) O preço do mangá subiu. Bom, com essas de papel melhor, edições mais refinadas e etc, quem duvidava que isso fosse acontecer? Subiu de R$ 10,90 para R$ 11,90 e em alguns casos, há mangás ainda mais caros (Freezing está saindo com valor de capa R$ 12,90, Card Captor Sakura, R$ 14,90).
Claro que mangá não pode ser de graça. A editora precisa pagar o custo de impressão, tradução, distribuição e tudo mais. E essa faixa de preços de R$ 12 a R$ 15 não parece abusiva. Mas que deu um apertinho no peito (e no bolso) quando olhei minhas edições de 2001 de Card Captor Sakura em formatinho meio-tanko e vi que custavam só R$ 2,90 cada…ah, isso deu…
De todo modo, as promessas são interessantes. Vamos continuar acompanhando o trabalho da JBC nos próximos meses, e vendo se as novas estratégias vão dar resultado (e se vai mesmo ter o lançamento de mangás de nicho específico, que é o caso dos por aqui sempre aguardados títulos de yaoi).
JBC sempre ensaboada!!! Obrigada pelo esforço de fazer essa cobertura, Deneb, ainda mais depois de saber do caos que você enfrentou para comparecer.
Acho que vou comprar estes mangás da CLAMP. Gostaria que publicassem CLOVER, em boa qualidade.
Sobre yaoi, yuri e "mangás de nicho", bom saber que ao menos há a possibilidade de se publicar já que antes era até o "bas-fond" citá-los. Não engoli essa coisa da impossibilidade de se publicar mangás de nichos longos… Tipo, entendi a proposta da editora, mas dependendo do caso alguns mangás não são tão longos assim. E não justifica de ter uma periodicidade maior de mangás desses nichos. Ou hentai também não é "de nicho"? E a JBC já publicou dois desses… Enfim, ter um selo só para yaoi/yuri não seria uma ideia ruim (nem arrisco a falar em bara, lararirará… ♪), e espero que a editora considere em breve, mas por enquanto acho que a coisa se resolve no tal "maior divulgação nas redes sociais", o que pode indicar maior contato com o público… Eu pelo menos sou expert em encher o saco das editoras, então tamos aí, hahahahaha… Enfim, ótimo post, só senti falta de alguma foto da coletiva…
My recent post Seria cômico se não fosse trágico… – Parte 15
Concordo, Diego, parece desculpa mesmo… estão muito em cima do muro, como é de praxe. Pelo menos não deram um não na cara dura.
Acho ótimo também saber que vamos poder organizar uma rebeliã… digo, movimento pra pedir novamente Yaoi e Yuri no Brasil.
Então, hentai eles lançaram dois, mas…bom, lembro duma cena que eu vi que mostrou que realmente complica até pra lançarem hentai.
Tava eu de bobeira na banca de jornais do shopping quando entrou lá uma família. O pai tava conversando com o jornaleiro enquanto um garotinho (de, acho, menos de nove, dez anos) pegou um Love Junkies e começou a folhear…O pai, quando viu, deu um tremendo pedala na criança, fumegando disse pra ela largar aquilo, a criança começou a chorar, o pai foi tirar satisfações com o jornaleiro, o jornaleiro ficou todo confuso, tentando dar alguma desculpa, que não podia botar aquela revista junto da Hustler, porque era quadrinhos e…bom, uma cena e tanto. Isso porque o menino tava lá olhando Turma da Mônica, Didi, e, lá pelas tantas achou o Love Junkies.
E aí a gente chega no problemão relativo a corporações: para elas, é vantagem que algo assim aconteça? Ou acaba sendo mais seguro e lucrativo lançar só coisa segura, que não precisa de "mudanças de sistema" (semioticamente falando) pra vender?
É por isso que não acredito num selo para "polemicáveis" (yaoi, yuri, bara, mesmo hentais mais pesados que Love Junkies, e mesmo trabalhos sem algo tão pesado, apenas mais "cerebrais, chatos & devagar"—que é o que dizem de josei, alguns seinens e até shoujo): isso iria contra tudo que mercado corporativo prega. Pra um selo desses funcionar, teria que se pensar em algum outro tipo de distribuição final, ou não daria lucros por conta da dificuldade de se por o material de um jeito que chegasse no consumidor.
Mas o público existe, e ao menos uma coisa acenou como positiva, na minha opinião: essa mudancinha de foco pra comiqueria e livraria ao invés de banca. Aí já tem bem mais seleção, o público de nicho compra mais fácil. Acho possível ver resultados partindo daí, e resultados numéricos, que é o que interessaria para uma editora (como a Keiko Maxwell falou bem no Facebook, petição só não resolve, nem sempre elas se traduzem em números reais).
Quanto a fotos…hahaha, desta vez eu estava na roça até nessa parte, já que o celular tava a beira de arriar geral quando cheguei lá (tive problemas aqui desde o começo do dia, não pude carregar no carro por falta de cabo…botei no mínimo de luz de tela e aguentou mais um tantico…daí arriou. Sem chance de usar a câmera). Gravei a coletiva num PMP, problema é que eu não conseguia usar a câmera dele enquanto gravava áudio…
Para esses fins, vou passar a levar comigo o telefone do Wally (sim, meu gato tem celular XDDD Razões bizarras me levaram a dar um Xing Ling ordinário pra ele, creiam). A câmera desse é muito porquenta, mas ao menos não fico sem XDDDDDDDDDDDDDDDD.
Até shoujo é considerado nicho nesse país D: Nunca vi tanta menina/menino com horror a esse gênero e isso me entristece, mas é a realidade.
Também acho que é possível publicar séries longas de um nicho, mas ainda acharia bem mais legal se as editoras apostassem em yaoi de volume único até porque é mais fácil comprar(/esconder) um volume do que os 14 de haru wo dateita.
Bem, pelo menos a jbc estão começando a melhorar. pelo menos um pouco.
Ningúem pode imaginar como estou feliz com essa notícia de RG Veda… Ele é simplesmente o título que mais AMO do CLAMP! E o único que eu realmente estava a espera de ser lançado no país.
Sobre a qualidade achei super bacana. Ao que parece a editora está vendo que há outro público a ser atingido e que este não tem dó de gastar. Se pouco estou enganada, o único título que teve todos os volumes com alguma página colorida foi Tokyo Babylon e, preciso confessar, tirando a cola porcaria utilizada na obra (ai se eu fosse a editora ._.') o resto estava lindão! Tenho os 8 volumes até hoje e são meus xodós *-*
Eu sou chata, CHATA, para tradução… acho que algumas coisas precisam ser traduzidas, outras não… O exemplo do "nii-san" para "mano", eu tenho cara de Chorintiana por acaso? u.u' (Nada contra quem for! rs)
Sério, nesse ponto sou fã da Panini: mantêm o termo e faz um glossario no fundo, situação resolvida! Quem não souber japonês, aprende ao menos um pouco e quem souber passa batido. Se isso funciona? Não sei… Carecemos de pesquisa de campo para essa área no país u.u'
Não acredito muito nesse lance da editora se abrir para o público. Da última vez que tive contato com ela por questões de saber algo, fiquei na mão por um bom tempo e minha resposta foi triste… Mas, acho que vale a pena eles tentarem. E se, realmente, começarem a ouvir o fã, isso se mostra como um ponto alto para todos.
Sobre o preço subir: não sou a favor, afinal meu bolso berra com isso, mas como profissional da área de edição, infelizmente, isso é algo meio inevitável. Por mais que o povo fale e reclame. Se quer qualidade melhor, o preço vai junto. Ainda acho que R$14,90 (preço de Sakura) é um valor condizente com o mercado. Minha base para falar isso? Pegue qualquer livro com um formato padrão (14×27 ou similares), com 200 páginas e veja o preço da editora… Se achar algo que não seja best-seller e não esteja em promoção abaixo dos R$20,00, por favor, me avisem!
No mais, poderia falar horas sobre a escolha e alternativas para trabalhar com qualquer coisa de nicho no país e como vejo essa escolha da editora em, no momento, se manter com passos calmos e comedidos quanto a este assunto, mas acho que isso é algo mais para se debater em conversas de grupo e não no site escancarado.. rs
Deneb, parabéns pela cobertura! Ficou fenomenal! Adorei mesmo! Tudo bem explicadinho e com pontos importantes para quem analisa o mercado como eu faço… Acho que está na hora de atualizar meu currículo e enviar uma nova cópia para eles! rs.
Parece que eles estão respondendo os emails agora, Keiko!
Mas eu discordo um pouco da questão da tradução, prefiro que seja adaptado pra uma forma mais acessível, sem, é claro, sair aloprando com gírias e cacos aleatórios. A Panini é mais hardcore nesse sentido, mas gostaria de saber se isso realmente acaba afastando o público não-otaku ou se é interessante para todos… existem várias hipóteses.
Eu prefiro pagar um pouco mais caro por um mangá que não vai se desfazer em 2 anos. ^^ Por isso as coisas que gosto mais, procuro pegar lá fora.
Mas o Acre não existe! Deviam ter usado outro estado como exemplo.
ahahahahaha, pois é, vai ver a Deneb faz parte da conspiração e eu não estou sabendo.
Eu realmente apenas li isso agora (mais por falta de tempo e certa preguiça) e bom, o que posso dizer, estou feliz que talvez RG Veda saia por aqui, com CCS, Rayearth e xxxHOLIC é dos poucos títulos da CLAMP que me animam e que eu posso ler sem querer matar alguém diabolicamente
Eu compraria CCS se eu não fosse POBRE, ESTUDANTE E QUE DEPENDE EXCLUSIVAMENTE DA MÃE PARA MANTER O VICIO! Por isso o aumento do preço é SIM um tiro no pé quando o assunto são pessoas na mesma situação que a minha D: mas vou fazer um esforço para ter dinheiro para comprar a coleção se possível
No geral eu gostei, nada muito novo, mas aquilo que pode ser feito me deixou com um gostinho de ansiedade e uma esperança minuscula em relação a JBC.
Mas não sei se boto fé no BL, embora eu concorde que não é o momento de lançar títulos longos ou com mais que dois volumes, mas realmente é difícil prever se eles falam da boca pra fora ou se irão colocar a mão na massa e lançar algum oneshot. Porque com as más vendas de Blood Honey (pelo que escutei falar de algumas amigas que conhecem o pessoal do meio) é bem possível isso DEMORAR pra acontecer D:
Sem contar que a JBC está estagnada de títulos compridos, tais como Hunter x Hunter, então acho que começar com títulos curtos para o que chamam de nicho é o mais seguro mesmo.
E OI, DISTRIBUIÇÃO! Um erro feio desse povo é esquecer que nenhum otaku ou fã ou simpatizante tem condições de pagar 30 conto por UM mangá, se para nós que temos mais facilidade por morar no sudeste já é difícil com esse preço, imagine alguém que more no Acre (se é que tem alguém morando lá, só não falo que ele não existe porque ele tem formato de bundinha então ficou gravado na minha cabeça)
E quem sabe com isso pode vir outra novidade: Vendas de materiais digitais (embora seja algo MUITO longe de acontecer por aqui)
E até que enfim vão arrumar essa tradução medíocre, embora eu esteja acostumada com "Chan" "Kun" e etc, ainda fico extremamente irritada quando estou lendo o mangá e vem uma dessas, sério. E outra, não tenho saco pra ler glossário, apenas coisas históricas, para estudo OU alguma curiosidade, então sim, aleluia meus irmãos! E desde que mantenham as gírias na coleira, não vejo mal nenhum de em vez de "Nii-chan" seja "irmãozão" ou simplesmente "irmão"
Qual titulo do CLAMP não foi publicado pela JBC………? <- pensou que todos do CLAMP tinham sido da JBC……………