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Editora Quadrix anuncia mangá nacional “O Príncipe do Best Seller”

Editora Quadrix anuncia mangá nacional "O Príncipe do Best Seller"

O mangá nacional  “O Príncipe do Best Seller” teve sua publicação anunciada pela editora Quadrix. O título é assinado por Soni, do Futago Estúdio e entra para substituir “Flames of Hope” que foi cancelado por problemas pessoais da autora.  Edit: O lançamento está previsto para março.

A ótima notícia é do site JBox, enviada pela Estela.

“O Príncipe do Best Seller” não é BL/Yaoi, mas flerta com o estilo e apresenta uma quantidade substancial de bishounens.

O quadrinho conta a história do aspirante a escritor Theodore, aluno de uma escola elitista que visa “produzir” autores de Best Sellers. Theodore é selecionado para ter aulas com o famoso (e bishounen) autor Paulo Lebre, de quem é fã.  Neste ínterim um aluno da escola some misteriosamente. Theodore e seus amigos agora vão ter que se desdobrar para escrever algo que agrade o rígido autor/celebridade Paulo Lebre e investigar o sumiço do colega.

Conheci o Futago Estúdio por indicação da Vampaya. Há cerca de um mês, o primeiro capítulo de “O Príncipe do Best Seller” estava online na íntegra no site do estúdio e eu tive a oportunidade de ler um trecho. Pretendia fazer uma resenha por conta da qualidade destacada do trabalho, mas pelo que vimos, fui demasiado lenta.

Não tenho certeza se a publicação será exatamente igual ao visto no site, mas a partir do trecho que li, tirei algumas impressões.

Pessoalmente achei o traço bacana, em especial pelo layout MUITO acima da média e reticulagem competente. O estilo é  razoavelmente sólido e a desenhista não foge dos cenários e roupas rebuscados. A arte-final talvez careça de algum polimento, mas ainda assim temos um título que se aproxima satisfatoriamente da dinâmica narrativa do mangá.

No entanto, tenho algumas ressalvas a fazer. Apesar de ser um quadrinho nacional, feito para ser publicado no ocidente, o título possui leitura invertida. Eu juro que não entendo e até implico com essa escolha. Por mais acostumados que estejamos com os mangás, a opção por não espelhá-los é manter a arte o mais original possível. Já no caso de quadrinhos para o ocidente, a inversão toma ares de “simulacro” do japonês e acho que não é a melhor escolha no sentido de usar a linguagem dos mangás para contar as nossas histórias.

Bem, quanto à história, esta é a minha maior crítica: embora ela teoricamente se passe no Brasil e os personagens tenham nomes brasileiros, não há indicações visuais quaisquer disto, nem nos cenários e nem nas pessoas. Se trocássemos por nomes franceses, viraria França automaticamente. Ou Japão. Ou Lalaland. Os personagens estão alocados  em um universo digno de Ouran High Host Club, só que sem a mesma qualidade satírica que o sustente. Infelizmente estes clichês orientais fazem com que o trabalho pareça “mais do mesmo”, poderia ter sido produzido em qualquer lugar do mundo… o que é uma pena, já que temos uma arte com tanto potencial.

Estas são apenas algumas idéias baseadas num contato inicial, pode ser que no desenrolar da trama eu me surpreenda. E apesar das críticas eu estou realmente empolgada para ver este título nas bancas.

O Blyme apóia totalmente os mangás nacionais, na esperança de que tornem-se menos raros e quem sabe tenham a chance de se desenvolver. Por isso, vou adquirir o meu volume de  ” O Príncipe do Best Seller” assim que pintar por aí.  E, claro, sugiro que façam o mesmo para tirar suas próprias conclusões. =D

No site do Estúdio podemos ver algumas ilustrações e amostras do quadrinho.



Sobre Tanko

Tanko é ilustradora e arte-finalista, viciada em podcast e café. Fujoshi, otaku, nerd e esquisitona. Vive nas montanhas chuvosas imperiais. Ver todos os tópicos de Tanko

23 Comentários a Editora Quadrix anuncia mangá nacional “O Príncipe do Best Seller”

  1. Aline Klaki

    Nossa, que interessante!

    Tbm não vou perder a oportunidade de comprar o meu e apoiar o trabalho.

  2. Sabe de uma coisa? Dei uma olhada e achei bem interessante… Achei a ideia um tanto "Ouran" demais, mas vou dar uma chance e adquirir o título, só não sei se é possível achar em banca…

    Acho que vou escrever no blog divulgando essa noticia.

    • Acho um clima meio "ajaponesada" demais, não só em termos de visual. Preferia alguma coisa… diferente para justificar a ambientação no Brasil ou ao menos algum toque mais pessoal. Sabe, quando falo nisso não digo que a gente precise falar de Boi Bumbá ou fazendas de cacau, rsrs.

      De qualquer forma, acho que vale a matéria, a discussão e tudo o mais. Ninguém está aqui para jogar areia.

  3. Xeretinha

    Bom, espero que apareça por aqui nesse fim de mundo do nordeste. Vou ficar no pé do dono da banca. 🙂

    Olhei no site do Futago os personagens e gostei. Para quem gostou de Ouran, não vi muita diferença no estilo, também não entendi essa estória de leitura invertida, será que estão antevendo uma possível edição no Japão?

    Mas já é um bom começo e espero que apareçam autores mais ousados e comecem a publicar pelo menos um shounen-ai levizinho.

  4. Jess

    Que interessante! Vou procurar ler pra então formar uma opinião. Mas ah, seria realmente bacana se tivesse uma 'identidade' mais brasileira no ambiente :/

    Agora, HAUHUAHAH, ri muito do "Paulo Lebre" porque demorei um século pra perceber o trocadilho xD! Fiquei pensando "tem algo estranho nesse nome…" pra só depois lembrar do Paulo Coelho, hahah.

    • aahahahhahaha, eu que li "Mônica" a minha infância inteira estou acostumada com os trocadilhos infames. =D

    • Aline Klaki

      HAUHSUAHUSHUAHSUHAUHSUAHUSHUAHS

      Meeeeu, que lerda eu sou… Nem tinha percebido!

      Paulo Lebre é óteeemo! xD~~

    • HAHAHAHAHA! E se eu não tivesse vindo aqui nem iria reparar nisso! Sou muito tapado… LOL

      • Xiii, mais um que não cresceu com a Turma da Mônica, ehehehe.

  5. Estela

    Putz, não tinha percebido o trocadilho até agora *aquelas meio dãã*. Pois é, achei a notícia boa demais! Primeiro porque apesar da, até agora, falta de brasilidade do mangá, é produto nacional e eu super apoio porque deve ser dureza tentar fazer coisas assim por aqui. Depois porque eu sou viciada em mangá e a única novidade confirmada para esse ano era High School of the Dead (leia-se fan service hétero). Amando ler Ranma 1/2 e cansando um pouco de Naruto (leia-se universo riquíssimo mas tomado pela voragem do mercado que tira o sentido de tudo + tensão SasuNaru), tava mais do que na hora de chegar uma boa novidade. Não li a história, mas parece que vai ser leve e gostosa. Se vai chegar nas bancas é outro capítulo da novela mexicana.

    • É tão duro fazer este tipo de coisa, ainda mais numa editora pequena, que deve ter pouquíssima publicidade e distribuição limitada. Não é como as franquias grandes ou os autores já conhecidos do público, nem sequer está associado a uma revista de animes. Portanto, creio que as nossas compras individuais vão fazer diferença para essa autora, e se bem conheço esses esquemas caseiros acho que ela vai ter que fazer boa parte da divulgação sozinha para ter sucesso e emplacar, ir em CONs e espalhar pela rede.

      Eu estou acompanhando mais mangás do que consigo ler, rsrs. Mesmo assim este tem a divulgação garantida por aqui.

  6. Steh

    Tentei entrar no site do estúdio e não consegui =/ Queria conhecer um pouco mais do trabalho e.e

    Enfim, apóio firmemente lançamentos nacionais por aqui. Há muitas pessoas talentosas e com ótimas ideias somente esperando uma chance. Porém, essa "orientalização" me incomoda um pouco. Não vejo necessidade da ordem de leitura seguir o modo oriental se o trabalho é nacional. Certo que estamos acostumados a ler mangás de uma forma diferente da leitura de um HQ, mas, por exemplo, no mercado nacional há manhwas (os "mangás" coreanos) que usam o "nosso" padrão de leitura, sem inversões.

    Admito que eu tinha um pouco de preconceito com produtos que se auto-intitulavam mangá – pra mim, mangás eram quadrinhos japoneses e ponto. Mas agora estou mais adaptada a idéia. Hoje acredito que mangá, mesmo continuando a denominar os quadrinhos japoneses, também é um estilo de desenho. Acho que superei o preconceito, embora ainda acho que há publicações no mercado brasileiro que se auto-intitulam "mangá" por puro marketing…

    Bom, só vou tirar conclusões da estória quando o comprar o meu volume e finalmente conferir o trabalho 🙂

    E pelo visto eu não fui a única a demorar para perceber o trocadilho ^^

    • Saiu do ar, deve ter sido o servidor, acontece às vezes, veja que o Blyme ficou fora por 4 horas um dia desses. *pânico*

  7. vampaya

    Ohhhhhhhhhh *__________*~

    O Príncipe do Best Seller aqui!! xDD

    Eu sou suspeita pra falar porque eu dei muita risada

    com o capítulo que eles disponibilizaram na internet.

    (consegui ler antes de tirarem) Lembro que eu até tinha sugerido pra umas amigas e logo depois eles tiraram do ar ^^' Levei um susto, mas

    agora eles vão publicar, que lindo!!

    Eu adorei os personagens! E as piadinhas /o/~

    Bom, eu gostei desse primeiro capítulo.

    Mas a semelhança com Ouran é mesmo inevitável, foi a

    primeira coisa que eu notei.

    Eu acompanhava esse estúdio faz um tempo e antes

    eles lançavam uns e-books (Garoto X e Vitral)

    Esses são yaoi mesmo, com sexo e tudo o mais.

    Os e-books tinham umas ilustrações também. Até tenho a esperança que eles lancem o Garoto X 2!!

    Sobre a coisa da leitura oriental, na comunidade do orkut do grupo

    até rolou uma enquete perguntando se o pessoal preferia a leitura

    normal ou a oriental. Eram poucos o total de votos (só 20) mas a maioria votou na leitura oriental, inclusive eu, apesar de não me importar tanto com o lado que eu vou começar a ler ^^

    Tomara que esse material chegue na minha cidade pra eu comprar o meu!

    Bem legal a divulgação aqui no Blyme xDD

  8. Keiko Maxwell

    Ahh eu vi a noticia antes no JBOX…E adorei saber disso! Sou super fã dos nossos quadrinhos brasileiros (vide a que sempre sai com pelo menos um fanzine de eventos) e devem sim ser estimulados. Temos tantos talentos aqui e nem nos damos conta.

    Gostaria muito de ter podido ler o capitulo online, mas assim que for publicado eu vou tentar comprar (falta de capital é dose XD).

    Realmente…Paulo Lebre foi foda! Mas gostei mesmo de terem posto um suposto (ou é mesmo? Ando tão lerda pra uns assuntos) herdeiro do trono brasileiro… Seja o que seja, ainda temos que lembrar da "nossa" familia real.

    • Bem lembrado, a questão da família real foi uma referência mais interessante do que o "Paulo Lebre" (genial, eu diria). =D~ Eles estão lá, recebendo impostos de Petrópolis, são "socialites" e "Playboys", têm "sangue real" e francamente nunca nos lembramos deles.

      Tenho quase certeza de que este é um mangá que vai precisar de nosso apoio individual de compra e divulgação, por isso vou postar todas as novidades que pintarem sobre o assunto.

  9. Mell

    Adoraria ler esse mangá… mas dúvido que chegará na minha cidade –'

    • Não chegou nem aqui, falaram que iam lançar em março e até agora nada. +_+

  10. Adriana Kemprell

    Olhaí, moçada! Vamos se despertando cada vez mais pr´a real. Procurem pelo livro Xepa, Presidente! da editora Scortecci e conheçam o autêntico Paulo Lebre. Cuidado!, não comprem gato por lebre – tá dado o recado.

  11. Noni

    "Vitral" é mais romântico e "PBS" é tem uma aura de comédia e suspense, comprei os dois e fiquei satisfeita com o que li, é muito bom dar esse empurrãozinho para os mangás nacionais, temos muita gente criativa aqui no Brasil, vale a pena apostar.

  12. keita=kun

    eu adorei e fikei muito feliz com esse anuncio to meia atrasada mais o q vale e inteçao

  13. anonimo

    o texto e os traços podem melhorar

  14. fabiano

    cara devemos da um pouco de creditos aos mangas nacionais se não nunca vamos pra frente tem caras criativos aqui tambem

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